Chamada para publicação 2023-1
Prazo para envio dos trabalhos: 6 de maio de 2023
Os outros territórios da literatura contemporânea
Já faz tempo que o conceito de contemporâneo ultrapassa o senso comum e permeia questões epistêmicas em diversas áreas do conhecimento. Na teoria crítica costuma ser visto como uma etapa do pensamento humano, em que o contemporâneo se coloca como sinônimo de outras nomenclaturas como modernidade líquida, pós-colonialidade, modernidade tardia, pós-modernidade, etc. No entanto, o contemporâneo também pode ser visto como a sistematização de procedimentos estéticos no campo da arte, da literatura e da crítica, como é o caso do livro Frutos estranhos. Sobre a inespecificidade da estética contemporânea, de Florencia Garramuño (2014), para dar um exemplo. Há também o caso do autor mais citado quando se trata do conceito do contemporâneo, Giorgio Agamben (2009), que nos disse – mirando um sujeito, uma substância, mas escutando o rumor do mundo – que contemporâneo é aquele que olha para o seu tempo e aprende a ver na escuridão, e que, além disso, é o indivíduo que interpola o tempo e está à altura de colocá-lo em relação com outros tempos.
No ensaio de abertura do livro Contemporaneidades periféricas, Jorge Augusto (2018), por sua vez, busca encarar criticamente esses conceitos de contemporâneo enquanto ainda fortemente ligados à noção de tempo, de tempo histórico, de modernidade e de eurocentralidade. A eles, o autor contrapõe uma noção de contemporâneo ligada não apenas ao tempo, mas também ao território, pois “a diversidade das obras produzidas contemporaneamente nas periferias dos centros hegemônicos deve ser acolhida por um repertório crítico epistemicamente múltiplo e territorializado” (p. 50). Além disso, é preciso saber como esses territórios estão operando sua própria teoria, tanto sobre si, sobre os outros, quanto sobre as outras teorias que estão em jogo.
Pensando aqui o contemporâneo pela “relação espaço-temporal”, propomos essa chamada para artigos que versem sobre literatura em suas relações com os territórios, corpos, culturas, identidades e outras linguagens político-artísticas que estão fora dos eixos hegemônicos. Interessam-nos as literaturas que estão em diálogo com as noções de afrografias, com(tra)temporâneo, literatura terreiro, literatura adoxada, literatura nativa, literatura anti-menoridade, oralituras, decolonialidades, escrevivências, diásporas, memórias e resistências, pensamento-tremor, entre outras que tratem da contemporaneidade para além das noções convencionais e eurocentradas.
É em torno destas questões inadiáveis que a revista Landa abre a Chamada para sua primeira edição deste ano de 2023.
Trabalhos que não respeitem as normas editoriais não serão aceitos. As normas podem ser consultadas em: http://www.revistalanda.ufsc.br/normas.html
Os originais deverão ser enviados por correio eletrônico ao endereço: revistalanda@gmail.com
Convocatoria 2023-1
Fecha límite de envío de trabajos: 6 de mayo de 2023
Los otros territorios de la literatura contemporánea
Ya hace tiempo que el concepto de lo contemporáneo supera el sentido común y toca cuestiones epistémicas en distintas zonas de conocimiento. En la teoría crítica suele ser visto como una etapa del pensamiento humano, en la que lo contemporáneo es entendido como sinónimo de otras nomenclaturas como modernidad líquida, poscolonialidad, modernidad tardía, posmodernidad etc. No obstante, lo contemporáneo puede también ser concebido como la sistematización de procedimientos estéticos en el campo del arte, de la literatura y de la crítica, como es el caso del libro Frutos extraños. Sobre la inespecificidad de la estética contemporánea, de Florencia Garramuño (2014), para dar un ejemplo. Hay también el caso del autor más citado cuando se trata del concepto de lo contemporáneo, Giorgio Agamben (2009), que dice –enfocando un sujeto, una sustancia, pero escuchando el rumor del mundo– que contemporáneo es aquel que mira a su tiempo y logra ver la oscuridad y que, además, es el individuo que interpola al tiempo y está a la altura de ponerlo en relación con otros tiempos.
En el primer ensayo del libro Contemporaneidades periféricas, Jorge Augusto (2018), a su vez, busca confrontar críticamente esos conceptos de lo contemporáneo en cuanto todavía muy fuertemente ligados a la noción de tiempo, de tiempo histórico, de modernidad y de eurocentralidad. A ellos, el autor contrapone una noción de lo contemporáneo ligada no sólo al tiempo sino también al territorio, pues “la diversidad de las obras producidas contemporáneamente en las periferias de los centros hegemónicos debe ser albergada por un repertorio crítico epistémicamente múltiple y territorializado” (p. 50). Más allá de eso, hay que saber cómo esos territorios están operando su propia teoría, tanto hacia sí mismos y hacia los otros, como hacia las otras teorías que están en juego.
De modo que pensando lo contemporáneo desde la “relación espacio-temporal”, proponemos esta convocatoria para artículos dedicados a la literatura y las artes en sus relaciones con los territorios, cuerpos, culturas, identidades y otros lenguajes político-artísticos ajenos a los ejes hegemónicos. Estamos interesados en las artes y literaturas puestas en diálogo con las nociones de afrografías, con(tra)temporáneo, literatura terrero, literatura adoxada, literatura nativa, literatura anti-minoridad, oralituras, decolonialidades, escrevivencias, diásporas, memorias y resistencias, pensamiento-temblor, entre otras que traten la contemporaneidad más allá de las nociones convencionales y eurocentradas.
En torno a estas cuestiones insoslayables la revista Landa abre la Convocatoria para su primera edición de este año de 2023.
No se aceptarán trabajos que no respeten los estándares editoriales. Las normas se pueden consultar en: http://www.revistalanda.ufsc.br/normas.html
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